Promotora explica como a comunidade pode contribuir com as casas de acolhimento

Conforme dados apresentados durante reunião-almoço da Acisa, entidades assistenciais de Passo Fundo deixam de receber cerca de R$ 7 milhões por falta de destinação do IR

Incentivar a comunidade a ajudar crianças e adolescentes que se encontram em casas de acolhimento ou em famílias acolhedoras, por terem sido vítimas de violação de direitos, está entre os objetivos de programas sociais como o 'Egrégora' e o 'Transforme o seu Leão em um Leãozinho'. As ações foram apresentadas pela Promotora de Justiça, Clarissa Ammélia Simões Machado, durante reunião-almoço da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) de Passo Fundo, nesta terça-feira, 13 de dezembro. Durante o encontro, que foi realizado na sede da Acisa e contou com a presença de associados, lideranças empresariais e imprensa, a promotora falou do trabalho realizado junto ao Ministério Público e da importância da aproximação entre a comunidade e as casas de acolhimento.

Projetos sociais como o Egrégora permitem que a comunidade auxilie as entidades assistenciais de diversas formas. “O cidadão que deseja ajudar pode se cadastrar no programa como um parceiro financeiro para contribuir eventualmente com doação de valores ou de bens para festas de aniversários dos acolhidos, Natal, Páscoa, melhorias dentro da casa de acolhimento. Ou, então, pode prestar serviços de forma voluntária dentro do seu ramo de atuação", afirma. De acordo com a promotora, atualmente, Passo Fundo possui três casas de acolhimento que, juntas, atendem cerca de 50 crianças e adolescentes.

Outro programa apresentado foi o Transforme o seu Leão em um Leãozinho, que possibilita que os contribuintes do Imposto de Renda façam a sua parte destinando um percentual anual ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Fumdica). “Nesse caso não se trata de doação e sim destinação daquele imposto que o contribuinte tem que pagar de qualquer forma. A pessoa física pode destinar até 6% do valor devido do Imposto de Renda e a pessoa jurídica até 1% do valor tributado sobre o seu lucro real", explica a promotora Clarissa, ao salientar que "a Receita Federal, que é nossa parceira nesse projeto, fez uma estimativa de que aproximadamente R$ 7 milhões por ano não ficam em Passo Fundo e, sim, migram para os cofres da União, quando poderiam ficar aqui e reverter para as nossas crianças caso o contribuinte destinasse”.

O presidente da Acisa, Marco Mattos, enfatizou a importância dos projetos e da aproximação entre o Ministério Público e os empresários. “Precisamos romper o paradigma de que o MP e o empresário têm que estar em polos distintos. Temos que estar juntos para construirmos por nossa cidade. O empresário sempre teve o compromisso social, mas o faz de forma particularizada. Agora, com os projetos que o MP viabiliza, ele pode ser solidário e, ainda, ter um benefício em favor do seu negócio”, ressaltou o presidente, ao destacar que “na medida em que uma pessoa se torna saudável, do ponto de vista social, ela poderá ser um empresário do futuro e ela seguramente será o sucesso das comunidades, das cidades”.


  

Publicada em: 13/12/16, por Assessoria de Imprensa Acisa