Integrantes da APAC apresentam método da casa prisional aos diretores da Acisa

Iniciativa tem como metodologia a autodisciplina e inclui atividades de reintegração ao convívio social como estudo, trabalho e religiosidade

Diretores da Acisa conheceram a metodologia adotada pela casa prisional (Foto: Caroline Lima/Acisa)

Os diretores da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) receberam, nesta quarta-feira (03), os integrantes da diretoria da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Passo Fundo. O presidente da APAC, Vinicius Toazza, o presidente do conselho fiscal da APAC e coronel da Reserva da Brigada Militar, Fernando Carlos Bicca, a 1ª secretária, Greice Serafini, e o tesoureiro, Cléber Medeiros, apresentaram o método prisional desenvolvido pela entidade, que consiste num trabalho diferenciado com os apenados, com a inclusão de autodisciplina e atividades de recuperação e reintegração ao convívio social como estudo, trabalho e religiosidade.

O método APAC foi criado na década de 1970 e, de acordo com estudos realizados, recupera de 85% a 95% das pessoas que adotam essa metodologia. “Esse número é inversamente proporcional ao sistema penitenciário tradicional, onde mais de 80% dos apenados retornam para o crime”, afirma o presidente do conselho fiscal da APAC, coronel Fernando Carlos Bicca.

Em Passo Fundo, a associação foi fundada em dezembro do ano passado e está em fase de implantação. “Estamos em busca de uma área para a instalação da APAC no município. Pretendemos até ano que vem construir e iniciar o funcionamento das atividades”, explicou o presidente, Vinicius Toazza. De acordo com ele, o trabalho é feito com a colaboração dos “recuperandos” e o suporte de funcionários, voluntários e diretores das unidades.

No Rio Grande do Sul, a primeira APAC foi instalada em Porto Alegre e começou a funcionar em dezembro de 2018. Em todo o estado, as casas prisionais com esse método são legalmente geridas pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), mas não contam com a presença de policiais e agentes penitenciários. “O trabalho feito com os apenados é diferenciado. O preso tem uma rotina de trabalho, uma mudança de toda a sua cultura e de comportamento”, destaca Vinicius.

A intenção da diretoria da APAC Passo Fundo é, além dos órgãos públicos, engajar também a iniciativa privada e as associações civis e religiosas. “Para a APAC dar certo ela precisa ter a questão do trabalho aos apenados e por isso precisamos da iniciativa privada”, pontuou o presidente da APAC.

O presidente da Acisa, Evandro Silva se colocou à disposição e disse que a entidade é parceira para mobilizar os empresários e ajudar a divulgar a iniciativa.

Publicada em: 03/07/2019, por Assessoria de Imprensa Acisa