Acisa se reúne com diretores do HC e HSVP

Buscando entender a situação delicada que vivem os hospitais neste momento crítico da pandemia no RS e se colocar à disposição para auxiliar no que for necessário para enfrentar a situação, os diretores da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) de Passo Fundo se reuniram, na sexta-feira (26), com a diretoria dos hospitais São Vicente de Paulo (HSVP) e de Clínicas (HC).

“Defendemos muito que saúde e economia estão juntas, não tem como separar ou priorizar, precisam andar em conjunto. Nosso papel é trabalhar com articulação e esse é o ponto que a gente quer conversar com os hospitais para entender qual é a demanda e no que a Acisa consegue se comprometer. Temos uma atuação muito grande de relacionamento político, então poderemos contribuir com o que vocês precisarem”, disse o presidente da Acisa, Cássio Gonçalves, que sugeriu, ainda, fazer contato com parlamentares para destinação de emendas e recursos para as casas de saúde e pensar em ações de médio e longo prazo, a fim de apresentar os números de atendimento e serviços que são oferecidos pelos hospitais, que são referência para dezenas de municípios de todo o estado.

Hospital de Clínicas (HC)
Segundo o administrador do Hospital de Clínicas (HC), Luciney Bohrer, o maior medo das pessoas é a falta de medicamentos e de respirador. "Os hospitais daqui, de um jeito ou de outro, estão se ajudando e as pessoas não estão morrendo por falta de medicamentos”, pontuou . Segundo ele, 55% do movimento do hospital é de pacientes de municípios vizinhos, porém essas pessoas não têm vindo, o que reflete também no comércio, já que elas compravam no comércio local. “Uma coisa que, para mim, ficou bem claro e objetivo é que as pessoas começam a entender o papel que um hospital tem na sua cidade. Antes muitos passavam pela frente e não imaginavam tudo que é feito aqui dentro”, destacou o administrador.

 

 

 

Hospital São Vicente de Paulo (HSVP)
Na última semana, o Hospital São Vicente de Paulo (HSVP), chegou a divulgar uma nota dizendo que não tinha mais condições de atender os pacientes, porém uma força tarefa foi montada com a ajuda de hospitais e prefeituras da região, empresários e autoridades, onde conseguiram algumas unidades do kit intubação para manter os pacientes sedados. De acordo com o Superintendente Executivo do HSVP, Ilário De David, a instituição aumentou a capacidade operacional e dobrou o número de leitos de UTI Covid, mas, consequentemente, aumentou o consumo de medicamentos e insumos. “Nós mantínhamos um estoque, mas nos últimos 15 dias a indústria que nos fornecia os produtos não quis mais nos vender, disse que poderia vender somente para o governo, então essa crise aconteceu por isso”, explicou. De acordo com ele, o HSVP possui a menor taxa de mortalidade da UTI Covid do Brasil.

Participaram dos encontros o presidente da Acisa, Cássio Gonçalves, o presidente do Conselho Consultivo e Deliberativo da entidade, Evandro Silva e o integrante do Conselho Fiscal, Israel Bigóis. Do HC, estavam presentes o administrador Luciney Bohrer, o diretor técnico, Juarez Dal Vesco e o coordenador médico, Rosemar Stefenon. Representaram o HSVP o presidente, José Miguel Rodrigues da Silva, o superintendente executivo, Ilário Jandir De David, o diretor jurídico, Marco Antônio de Mattos, o diretor corporativo de Desenvolvimento Humano e Organizacional, Júlio César de Bem, a diretora corporativa de Operações, Márcia Ferrão de Medeiros e o diretor corporativo Financeiro, Vanderson Becker.

Publicada em: 30/03/2021, por Assessoria de Imprensa Acisa