O impacto da nova legislação trabalhista na vida de empregados e empregadores foi debatido durante o evento Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho, nesta sexta-feira (29). A atividade, realizada no Clube Comercial, faz parte de uma série encontros que vai percorrer o país de junho a setembro a fim de debater a nova lei da reforma trabalhista, que foi aprovada há um ano e está em vigor desde novembro do ano passado.
Três conferencistas debateram de forma técnica a aplicação da lei, que resultou em mais de cem alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Entre os painelistas estavam o ex-ministro do Trabalho e atual deputado federal, Ronaldo Nogueira (PTB), que falou sobre "Diálogo: a ferramenta da democracia. Perspectivas políticas da modernização trabalhista"; o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª região, Amaury Rodrigues Pinto Júnior, que palestrou sobre "Perspectiva jurídica da nova lei trabalhista"; e o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Alexandre Agra Belmonte, que abordou o tema "A modernização das leis trabalhistas: um novo sistema de relações do trabalho".
A modernização trabalhista sempre foi um pleito dos empresários dos mais diferentes setores da produção. A classe empresarial considera que houve avanços no novo texto, mas que a lei precisa passar por uma unidade de interpretação. “A reforma veio atender uma necessidade que há muito tempo as empresas buscavam. Agora, existem muitos pontos que precisam ser discutidos ainda, pois há uma divergência de análise dentro do próprio judiciário. Questão de interpretação mesmo. Aí vem a importância de fóruns como o de hoje. A reforma é muito jovem então ela passa por este período de adaptação. Pois se os órgãos fiscalizadores entendem de uma forma e o judiciário de outro, a empresa fica no meio do fogo cruzado”, afirmou o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) de Passo Fundo, Evandro Silva.
- Atividade reuniu autoridades políticas e lideranças de Passo Fundo
- O presidente da Acisa, Evandro Silva, afirmou que a reforma veio atender uma necessidade dos empresários, mas, ainda existem muitos pontos que precisam ser discutidos
- Evento contou com um público superior a 200 pessoas
- O deputado federal Ronaldo Nogueira, disse que, antes da reforma, a cabeça estava no século XXI, mas os pés permaneciam no século XIX
- O desembargador do TRT da 24ª região, Amaury Rodrigues Pinto Júnior, pontuou que a reforma trabalhista equilibra as obrigações jurídicas, tanto das empresas, quanto dos empregados
- Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Alexandre Agra Belmonte, a mudança corrigiu pontos em que a CLT era omissa
- Deputado Federal, Ronaldo Nogueira, e presidente da Acisa Passo Fundo, Evandro Silva
Fotos: Caroline Lima/Assessoria de Imprensa Acisa
Publicada em: 02/07/2018, por Assessoria de Imprensa Acisa