“Por uma cidade educadora e acessível” foi o tema norteador do IV Seminário Regional sobre Deficiência Visual, realizado na última sexta-feira (19), na Universidade de Passo Fundo (UPF). O evento aconteceu durante todo o dia e reuniu diversas pessoas envolvidas com a temática, como pessoas com deficiência visual, educadores da rede regular de ensino, professores de Atendimento Educacional Especializado da UPF (AAE), estudantes, professores, gestores e trabalhadores das políticas públicas, e comunidade em geral. A ação foi uma iniciativa da Associação Passo-Fundense de Cegos (Apace), em parceria com a UPF, através da Vice-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (VREAC) e de seus programas e projetos de extensão, e teve como objetivo principal capacitar e sensibilizar grupos de pessoas, além de promover a reflexão sobre a responsabilidade de cada um no processo de desenvolvimento da autonomia e independência das pessoas com deficiência visual.
A Coleurb participou do evento, onde ficou responsável pela idealização da sala temática “Mobilidade Urbana e Educação”. Durante a tarde, desenvolveu atividades de sensibilização no trânsito através do Projeto “Andar Seguro”, onde foram atendidas duas turmas com 15 participantes cada, sendo moradores de Passo Fundo, Carazinho, Cruz Alta e Tapejara - acompanhantes, familiares ou pessoas com deficiência visual. Membros do Setor de Atenção ao Estudante da UPF (Saes), auxiliaram os colaboradores da Coleurb a guiar os participantes durante a oficina. “O feedback foi muito positivo de todos os participantes. Ouvimos relatos no final das atividades de pessoas que puderam sentir, mesmo que por segundos, o que uma pessoa com deficiência visual vivencia no dia a dia. A troca foi muito gratificante para todos”, destaca o encarregado do Departamento Pessoal da Coleurb, Ariel Oldra.
Para despertar a empatia
As salas temáticas buscaram mostrar o que já é feito em Passo Fundo e as novas possibilidades em termos de acessibilidade. O momento foi de trocar experiências e despertar nos participantes a sensibilidade, o cuidado e a empatia. “Foi uma troca muito gratificante. Poder escutar as pessoas, orientá-las e contribuir com elas sendo seus olhos, abre o nosso horizonte. Nos colocarmos no lugar do outro nos faz refletir de que forma podemos contribuir em simples gestos no dia a dia de pessoas com deficiência visual ou qualquer outra necessidade especial”, avalia Instrutor de Treinamento, Eduardo Holderied. “Os momentos que passamos ao lado de todos os participantes da oficina fizeram valer a pena o nosso trabalho e nossa busca pelo cuidar constante dos usuários do transporte coletivo”, finaliza a Psicóloga do Trabalho da Coleurb, Gabriela Bicigo.
Fotos: Felipe Souza/ASCOM Coleurb
Publicada em: 23/10/2018