Acisa recebe Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio

A iniciativa busca reunir formadores de opinião que integram o sistema produtivo gaúcho

Na última terça-feira (28), Passo Fundo recebeu a segunda etapa do Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio 2019. A iniciativa, desenvolvida pelo Instituto de Educação no Agronegócio (I-UMA), busca reunir formadores de opinião que integram o sistema produtivo gaúcho. No município, a atividade foi realizada na sede da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa).

Conduzido pelo tema central “Os desafios e prioridades para uma produção agropecuária sustentável e mais eficiente”, o evento contou com quatro palestras. Nelas, foram abordados assuntos que reúnem conhecimento, tecnologia, produção e gestão no agronegócio.

Rio Grande do Sul, um estado de oportunidades

A primeira palestra, ministrada pela presidente do Badesul, Jeanette Lontra, tratou sobre “Rio Grande do Sul, um estado de oportunidades”. Dentro deste contexto, Jeanette destacou a importância e relevância do Badesul no desenvolvimento do estado. Além disso, abordou a inovação, sustentabilidade e novos setores em crescimento.

Para Jeanette, o agronegócio é a principal fonte de economia do estado e para continuar crescendo é necessário investir em inovações. “Para podermos melhorar o nosso agronegócio precisamos inovar. Temos que ter condições de competir com outros”, afirmou.

Somente no agronegócio, o Badesul já investiu em 2,4 milhões de projetos de irrigação, armazenagem, recuperação de solo e infraestrutura rural.

Para Jeanette, o agronegócio é a principal fonte de economia do estado e para continuar crescendo é necessário investir em inovações.

O desenvolvimento regional nas cadeias produtivas do agronegócio

 Em seguida, o presidente da Acisa, Evandro Silva, e a diretora de agronegócio da associação e integrante do Conselho Executivo da Cotrijal, Fabiana Venzon, falaram sobre “O desenvolvimento regional nas cadeias produtivas do agronegócio”.

Para Fabiana, esse processo passa por uma estratégia de mobilização das potencialidades regionais, de parcerias competentes e comprometidas dos setores públicos e privado.

No agronegócio, Fabiana destaca a grande relevância do estado neste setor. “A histórica vocação do RS como estado agrícola sempre nos trouxe reconhecimento nacional e internacional. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de alimentos, perdendo apenas para o gigante americano, usando uma parte muito menor do território e preservando as riquezas naturais. Nos anos 70, nós gaúchos éramos o maior produtor agrícola brasileiro, hoje somos o terceiro”, afirma.

“Os principais motivos para essa queda, além da limitação territorial, se deve à precariedade na infraestrutura, especialmente nos modais de logística, e a elevada carga tributária que castiga o setor produtivo e desestimula investimento, geração de empregos e a industrialização desses produtos agrícolas que poderia gerar um enorme valor agregado em toda a cadeia produtiva”, salientou Fabiana.

No agronegócio, Fabiana destaca a grande relevância do estado neste setor.

Ainda, a diretora indagou as novas mudanças na agricultura brasileira. “Temos observado neste último ano safra um aumento no custo de produção, uma estagnação na rentabilidade, principalmente na soja que é nossa principal renda. Portanto, precisamos aprender a trabalhar com esse novo senário”, finaliza.

Para Silva, há algumas necessidades que precisam ser trabalhadas. “Devemos ampliar a diversidade e diversificar a nossa matriz produtiva, investir em um polo tecnológico regional, investir em logística, fazer instituições de ensino para a qualificação de mão de obra, pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias focadas neste novo momento e melhor relação entre o poder público e o privado”, finaliza.

Para Silva, há algumas necessidades que precisam ser trabalhadas.

BRDE PCS – Produção e consumo sustentáveis

 O gerente regional do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Alexandre Platonow de Barros, abordou o tema "BRDE PCS - Produção e Consumo Sustentáveis". De acordo com o palestrante, este programa foi criado para relacionar as políticas públicas nacionais e internacionais de responsabilidade socioambiental, visando pautar a aplicação de recursos em projetos de investimentos para o desenvolvimento sustentável na região Sul do Brasil.

Barros afirma que a preocupação socioambiental no BRDE é antiga. “Fomos o primeiro banco a exigir Licença Ambiental para financiar projetos empresariais e agropecuários. Empregamos e cobramos práticas sustentáveis”, ressalta.

O programa também viabiliza, com recursos de fontes nacionais e internacionais, empreendimentos nas áreas do agronegócio, indústria, comércio e serviços. Para isso, conta com cinco subprogramas integrados: energias limpas e renováveis; uso racional e eficiente da água; gestão de resíduos e reciclagem; agronegócio sustentável e cidades sustentáveis.

Barros afirma que a preocupação socioambiental no BRDE é antiga.

Responsabilidade ambiental e seus aspectos relevantes

 A última palestra, ministrada pelo advogado e sócio da Bussolotto Advocacia, Leonardo Bussolotto, tratou sobre “Responsabilidade ambiental e seus aspectos relevantes”.

Para Bussolotto, este é um tema de grande relevância. “Estamos acomodados e isto está nos levando para um caminho equivocado. Ao passo que nós aceitamos a questão ambiental da sua origem sem as suas premissas básicas nós vamos retroagir”, destacou. Além disso, o advogado afirma que estamos engatinhando no direito ambiental e no desenvolvimento sustentável.

Bussolotto afirma que estamos engatinhando no direito ambiental e no desenvolvimento sustentável.

Sobre o evento

Em 2019, estão previstas sete edições do Circuito de Gestão e Inovação do Agronegócio. Além de Passo Fundo, os municípios de Santa Cruz do Sul, Pelotas, São Gabriel, Esteio, Bagé e Dom Pedrito receberão o evento. Os encontros acontecem mensalmente na última terça-feira de cada mês. O roteiro terá uma abrangência de aproximadamente 200 municípios.

O evento itinerante leva palestras temáticas técnicas e de mercado atendendo as peculiaridades regionais de produção, de mercado e de negócios, de forma que todos os agentes das cadeias produtivas do estado sejam os grandes beneficiados. Desde a primeira edição, em 2014, a atividade teve uma abrangência em torno 350 municípios e mais de 5 mil participantes.

Publicada em: 29/05/2019, por Assessoria de Imprensa Acisa